Acho impressionante o poder que a Bienal do Livro tem de renovar a energia e a motivação de criadores de conteúdo, marcas e autores. Mesmo tendo voltado do Rio de Janeiro doente e cansada, é como se eu tivesse bebido uma dose de ânimo para continuar fazendo o que faço de melhor: falar sobre livros. E não só isso — também me senti motivada a investir mais tempo escrevendo e dando vida às minhas ideias.
Mas quem escreve e produz conteúdo sempre precisa de uma inspiração, correto?
Foi assim que surgiu uma ideia exclusiva para quem me acompanha pela newsletter: criar um quadro de entrevistas com autores de diferentes gêneros literários — com foco, claro, em horror, suspense e thrillers. A ideia é publicar mensalmente uma entrevista com um autor que nos inspire e, ao mesmo tempo, abrir espaço para divulgação de suas obras.
Se você curtiu a proposta, me conta nos comentários e não se esqueça de se inscrever para não perder nada!
Leitura atual - Clube de Leitura Dark
Aqui em Campinas, o meu clube do livro presencial, realizado na Livraria Leitura do Shopping Dom Pedro, vai se reunir para debater Casamento Perfeito, um thriller da coleção E.L.A.S que vem conquistando muitos leitores. Se você é de Campinas ou região, vem se encontrar com a gente! Clique aqui :)
Melhores leituras do 1º semestre
Durante o primeiro semestre do ano, fui uma leitora muito feliz com um total de 10 livros lidos — bem diferente do ano passado, quando li apenas 7. Neste ano, saí bastante da minha zona de conforto mediando dois clubes de leitura: Clube de Leitura Dark e Clube das Sombras.
Claro que algumas leituras se destacaram mais que outras. Abaixo, compartilho brevemente os motivos de alguns títulos terem me marcado tanto:
O Vilarejo: foi minha segunda leitura do Raphael Montes e, sinceramente, se eu pudesse traduzir meu tipo de leitura ideal, seria com esse livro. Contos interligados em diferentes tempos, com um horror de tirar o fôlego. Acho que é por isso que gosto tanto do Cesar Bravo.
Desenhos Ocultos: uma leitura que me surpreendeu em todos os sentidos. Confesso que não sou boa em desvendar thrillers — o que, na verdade, adoro, pois me surpreendo com tudo. Mas eu jamais teria imaginado o enigma por trás deste livro. Recomendo muito, especialmente se você curte leituras dinâmicas: as ilustrações são essenciais para a narrativa.
A Sala de Aula Que Derreteu: apesar de ter a coleção completa do Junji Ito, gosto de ler os mangás aos poucos, apreciando cada um com atenção. Esse título, diferente dos outros do autor, me causou um incômodo contínuo, conhecido e bizarro de maneiras únicas. Uma leitura rápida, para ser feita de uma vez só.
Vermelho: ainda não conhecia a escrita da Paula Febbe, mas este livro é completamente fora da curva. Uma obra de arte que expõe o horror humano de forma única, unindo prazer a traumas, vivências e dúvidas tão profundas que parecem arrancadas à força. São quatro contos em uma curva crescente de intensidade.
Já leu algum desses títulos? Deixe nos comentários!
A importância de ter hobbies
Nos últimos tempos, tenho priorizado momentos de desconexão do mundo, do celular e do trabalho. Quem já passou por um burnout sabe bem como esses momentos de “descanso” são valiosos. Felizmente, cada vez mais pessoas estão adotando essa mentalidade, como vemos em diversas publicações no TikTok e no Instagram.
Entre as práticas que se tornaram verdadeiros hobbies — e até fenômenos — estão: livros de colorir, leitura, artesanato (com destaque para a cerâmica), unhas em gel, decoração, coleções, aulas variadas e muito mais.
Pessoalmente, adotei dois hobbies principais: livros de colorir — porque é maravilhoso ter como única preocupação escolher a próxima cor — e os clubes de leitura (óbvios motivos). A cerâmica também me encanta, mas infelizmente não tenho praticado tanto por questões financeiras.
Essas atividades, especialmente quando feitas em boa companhia, têm feito uma grande diferença no meu dia a dia. Finalmente entendi que o meu cansaço não era físico. Eu podia dormir horas — ou até o dia inteiro — e ainda assim acordava exausta. O cansaço era mental. E é por isso que tenho incentivado amigos e pessoas próximas a encontrarem seus hobbies também. Tenho, inclusive, propagado bastante a palavra dos livros de colorir — uma verdadeira máfia da qual é impossível sair!
Antologias boas pra c#$%@!
Não sei vocês, mas eu sou obcecada por antologias.
Adoro escrever e ler histórias curtas, mas que te marquem profundamente. Como nossos dias e experiências passam tão rápido, os contos se tornaram minha zona de conforto para acompanhar esse ritmo.
Embora meu repertório de contos ainda esteja longe do ideal, algumas antologias moram no meu coração:
Formaturas Infernais: a primeira antologia que li. Um dos contos, O Buquê, foi essencial para me inserir no universo da literatura e me mostrar que eu queria criar algo parecido. Criativos, envolventes e inesquecíveis.
Livros de Sangue: para mim, Clive Barker é um dos melhores autores da atualidade. Sua escrita é crua, humana e primitiva de forma surpreendente. Ele explora nossos sentimentos mais profundos e carnais para criar narrativas ousadas e incômodas. Uma leitura de tirar o fôlego.
Antologia Dark: essa leitura foi um verdadeiro quentinho no coração. Reúne autores que admiro profundamente, além de amigos de outras editoras. Recomendo muito para fãs de Stephen King e autores como Cláudia Lemes, Cesar Bravo, Marco de Castro, Ilana Casoy e Vitor Abdala.
Ultra Carnem: se você curte um bom terror com temática religiosa, essa é a escolha perfeita. Uma leitura intensa, marcante e visceral. Foi meu primeiro contato com o Cesar Bravo e, desde então, ele se tornou meu autor favorito da vida.
Coelho Maldito: esse livro chegou até mim no momento certo. Vi muita gente falando sobre ele nas redes, e as opiniões positivas me deixaram animada. Os contos são voltados para o terror, com detalhes em gore que me surpreenderam muito.
Bom, é isso pessoal!
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